Amados,
Em minha cidade estamos vivendo o momento de lutas com a campanha salarial e para piorar tudo além de estarmos lutando com o governo temos de lutar também com o Sindicato Local que ao invés de andar com a categoria anda agora com o governo... O nome disso todos nós sabemos não é?
Mas quero compartilhar este texto que claro foi feito com base em minha realidade, mas quantos outros municípios não tem enfrentado situações parecidas, não é? O importante é não cruzarmos os braços e lutar sempre!! Paz e Bem!
Saudações companheiros, amigos, colegas de trabalho comunidade em geral, o texto é longo, mas se puderem leiam até o final.
Eu vou começar falando sobre erros. Sabemos que eles acontecem a todo o
momento, sendo nós, humanos vamos sim errar algumas vezes e aprender
com isso. Mas os erros não podem se tornar uma constante; e infelizmente
nosso Município no último ano tem colecionado uma sucessão de erros.
Na área da Educação principalmente, que é onde tenho propriedade para
falar, as coisas não vão bem. O método tentativa e erro se tornou a
principal prática dessa gestão, e a justificativa de que “estamos
errando tentando acertar” não nos convence mais. As escolas estão sendo
bombardeadas a cada dia com uma nova informação. Muda-se tudo o tempo
todo e “ordens” chegam hoje para que se cumpram amanhã e amanhã no
momento de se cumprir eles dizem: -Suspendam.
A Educação não pode
caminhar assim, ela é um processo e, como tal, precisa de sequência,
constância. Bom... Mas o que dizer de um governo que fecha escolas? Que
não valoriza seus educadores?
E quando falo em valorização não estou
falando da valorização da Educação como jargão comumente usado por aí.
Estou falando em valorização propriamente dita e esta não se resume a
salário.
Valorizar os esforços de quem todos os dias sai de casa pra
mudar o mundo... Sim! Construir a cidadania de nossas crianças é mudar o
mundo.
E algumas dessas pessoas tiram dinheiro do próprio salário
para pagar a passagem, pois, não recebem vale transporte integral, elas
muitas vezes contribuem financeiramente para a realização de projetos
nas escolas e até mesmo para comprar materiais faltosos. Corrijam-me se
eu estiver errada.
Assim contribuem com inúmeras ações que vão além das funções referentes ao cargo que ocupam.
E mesmo com tudo isso a valorização não vem, e nos frustramos... E nós
professores, naturalmente sonhadores... Deixamos de sonhar. E como já
disse meu querido Augusto Cury: “Se deixarmos de sonhar, morreremos!”.
Mas como fazer então se somos roubados todos os dias em nosso direito de acreditar?
Sim! Este Governo rouba de nós o bem mais precioso que o ser humano
pode ter, rouba de nós o que mantém a nossa raça viva e o que é capaz de
nos fazer levantar todos os dias: Rouba de nós a esperança!
E não
há como manter a profissão que escolhemos se não houver esperança,
esperança em nossos alunos, esperança no amanhã, fé de que as coisas
darão certo, de que tudo pode mudar...
E me voltando para a luta...
Digo com toda certeza que quando o nosso Governo se alia a Subsede do
nosso Sindicato, ele nos rouba esse bem tão precioso e grita para nós:
Calem-se! Para vocês não há mais o direito de sonhar, de acreditar, de
lutar... Tudo está fechado, tudo está decidido!
Quando este Governo
nos persegue, nos acua e nos priva de nosso único instrumento de luta,
ele nos sufoca e por alguns instantes sentimos que não vamos dar conta,
que não suportamos mais.
Mas é na fraqueza que somos mais fortes e
nossos olhos se abrem, e percebemos que ainda há esperança e a
creditamos e vamos em frente... Pois, outra de nossas características
mais fortes é a coragem. E não vamos parar, temos novamente motivos para
acreditar... Descobrimos no ombro do companheiro a força para
continuar. E há luta... Ainda tem muita luta...
Não! Não vamos nos calar!
Patrícia Fernanda
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